sexta-feira, 8 de março de 2013

UMA EXPLICAÇÃO E DOIS ELOGIOS

Quando, na tarde de 6 de Fevereiro, a enfermeira Emília Fradique me disse, no Hospital de Santa Maria (HSM), que o meu pai estava por dias, estava longe de imaginar as vicissitudes que se iriam suceder, por estar na cidade grande de um país europeu tido como civilizado, e, portanto, povoado por cidadãs e cidadãos civilizados. 
Os acontecimentos falam por si e não mereceriam passar da esfera privada, não fora a responsabilidade que assumi, enquanto cidadão e funcionário público - agora aposentado - de não desistir de servir o País e lutar com austera intransigência contra a corrupção, o tráfico de influências e a degradação moral da Nação. Quase todos os colegas da ex-DGEMN e de muitas das entidades, para os quais a DGEMN prestava os seus valiosos serviços, conhecem o meu percurso de dezenas de anos de trabalho como técnico e defensor empenhado e consequente dos princípios éticos da Administração Pública.
E, enquanto funcionário do Estado, mereci a confiança do meu saudoso amigo Francisco Rodrigues Porto, para exercer funções dirigentes no Hospital de Santa Maria, por nomeação de um ministro do PSD, e, mais tarde, para assumir funções ultra-exigentes no Instituto Português da Juventude, numa aposta ousada do então presidente Paulo Parreira e do então Secretário de Estado António José Seguro, que quis honrar com rigor os seus compromissos eleitorais e repercutiu sobre nós, com a delicadeza e a educação que lhe são peculiares, os objectivos e a respectiva programação, através das estruturas que lhe estavam subordinadas, como é timbre dos políticos sérios. As responsabilidades assumidas e o cumprimento dos objectivos falam por nós e pelos que, independentemente da hierarquia, fizeram equipa com os Secretários de Estado da Juventude António José Seguro e Miguel Fontes.
Toda esta conjuntura determina que transfira para o domínio público, factos que revelam comportamentos indignos de cidadania e de humanidade, que motivaram este interregno na publicação e a solidariedade silenciosa dos colaboradores deste blogue. 

A EXPLICAÇÃO
Tal como quando eu trabalhava no HSM (há 20 anos), as nossas idas ao HSM aonde o pai fazia tratamentos  era uma rotina quase diária. Quando a enfermeira Emília da Unidade de Medicina Paliativa nos disse que a morte do nosso pai estava por dias, eu e a minha irmã dirigimo-nos de imediato para casa dele, na Rua Tenente Coronel Ribeiro dos Reis, 4 - 2º esquerdo, tendo-nos sido negada a entrada pela senhora sua segunda e serôdia esposa. Conseguimos entrar, mais tarde, cerca das 17:40, graças à intervenção dos agentes Miguel Santos e Tiago Cabral da Esquadra de Benfica da PSP, que respondeu, com prontidão à nossa desesperada convocação telefónica, para nos facultar a visita ao doente terminal nosso pai, que já não falava. Foi, também, no passado dia 14 que, graças à Chefe Ana Luísa da Esquadra da PSP, a quem eu e a minha irmã íamos participar o desaparecimento do nosso pai - por não o conseguirmos localizar nos 3 dias anteriores mesmo com a ajuda dos vizinhos -, que soubemos que ele tinha sido internado no Hospital da Luz. 

OS ELOGIOS 
 Os elogios vão em primeiro lugar para a prestimosa actuação da Esquadra de Benfica da PSP e para a pronta e valiosa intervenção dos agentes num caso absolutamente insólito. No Hospital da Luz, conseguimos visitar o nosso pai até ao dia 19 de Fevereiro, data em que faleceu, pelas 11:25, ou seja dez minutos antes de nós chegarmos para nova visita. No próprio dia 19, fizemos saber a um filho da senhora viúva do meu pai (António M. Rodrigues da Costa Brito), que é empregado da Pfizer e que nos contactou, via telemóvel, às 13:27, que organizaríamos o funeral. A Agência Funerária Augusto de Oliveira tratou e programou tudo connosco, sem falhas e com profissionalismo. Uma agência portuguesa a fixar, agora que até o negócio da morte está em mãos estrangeiras. No dia 20 de Fevereiro de 2013, realizou-se o funeral para o Amieiro (Alijó), com a presença de muita gente, que conhecia o meu pai, que era comerciante e foi dirigente do Complexo Agro-Industrial do Cachão, nos tempos áureos do saudoso Engenheiro Camilo Mendonça (que, para além de trasmontano e político ilustre e incorruptível, foi o primeiro Presidente da RTP).

Ligações: In memoriam Manuel Amilcar Morais .

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